quinta-feira, 27 de outubro de 2011

A importância dos patrocínios municipais.
















A 60 Mostra de Arte Infantil do Garatuja é resultado de nosso projeto como Ponto de Cultura e está sendo realizado através da Secretaria de Estado da Cultura e do Ministério da Cultura.  Nesse projeto, assim como qualquer outro, os Planos de Trabalho são elaborados com muita entecedencia para possível aprovação em edital público. Embora haja a previsão de quanto irá custar, as despesas extras e pequenas alterações sempre acontecem pela própria natureza das ações, pois a cultura é dinâmica, além das inevitáveis subidas de preço de ano para ano. Um bom exemplo foi a mostra paralela que realizamos do aluno Gabriel Ferreira. Quando planejamos as atividades do projeto, fizemos baseados num perfil pré-estabelecido de crianças que seriam beneficiadas, nosso público-alvo são alunos de escolas públicas. Durante a execução surgiu a necessidade de realizar um trabalho mais detalhado com o Gabriel, não previsto anteriormente. Daí a importância dos patrocinadores locais. Foram eles que cobriram essas pequenas despesas não previstas originalmente, como figurinos, molduras excedentes, salgados para o coquetel, transportes, etc.

Detalhe das logomarcas empregadas
É de primordial importância a participação dos comerciantes locais nas atividades culturais desenvolvidas por pessoas do município. Esse apoio fortalece as iniciativas do município e melhora a imagem da empresa junto a seu público. Particularmente temos apoiadores que já deixaram de ter meras relações comerciais conosco, dada a identificação com as propostas desenvolvidas pelo Garatuja. É o que buscamos a cada novo contato. Agradecemos especialmente neste evento à Droga Rio, Atilux, Viação Atibaia São Paulo e Plano San Marco. O Garatuja agradece também a parceria com a Prefeitura de Atibaia pelo apoio logístico, utilização de equipamentos públicos, como o Centro de Convenções, transporte de materiais, funcionários, infra-estrutura, equipamentos e serviços de luz e som.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Abertura da 6 Mostra de Arte Infantil do Garatuja


Mary Uchinaka, presidente do Garatuja, Élsie Costa, Antonieta
Dertkigil da Unidade de Fomento da Secretaria de Estado, Márcio
Zago e Valério Benfica do Ministério da Cultura.
Dia 30 de setembro aconteceu no Centro de Convenções Victor Brecheret, em Atibaia, a abertura da 6 Mostra de Arte Infantil do Garatuja. Estiveram presentes Valério Bemfica, representante do Ministério da Cultura, Antonieta Jorge Dertkigil, da Unidade de Fomento e Difusão de Produção Cultural, da Secretaria de Estado da Cultura de SP, o Secretário de Cultura de Atibaia Edson Antônio Gonçalves além de alunos, pais de alunos e simpatizantes do Garatuja.  Nossos homenageados foram Jeanne Rabaneda Lopes Smid, Célio Turino e Mary Uchinaka. Claro que muitos outros colaboradores poderiam constar nessa lista, mas a escolha veio depois de uma reflexão, em que se levou em conta a efetiva existência do Garatuja. Vivemos num sistema capitalista e a sobrevivência de qualquer atividade, seja ela puramente comercial, seja cultural e artística passa necessariamente pelos recursos financeiros. Logo no início da década de oitenta, quando começávamos nossas atividades, por várias vezes pensamos em parar e tentar outra coisa. Os alunos pagantes eram insuficientes para cobrir as contas de aluguel, água, luz, telefone, além da sobrevivência diária, etc. Nesses momentos surgia a Jeanne, que na época mantinha a escola Monteiro Lobato, e através de sua influência encaminhava ao Garatuja vários alunos. Seu pai, o Diogo, era quem trazia as crianças para realizar a matrícula e depois para as aulas. Por anos seguidos seu Diogo trouxe a perua cheia de novos alunos para o Garatuja. Assim conseguíamos aliviar a pressão familiar e garantir mais um ano de existência. Mesmo com alunos pagantes, até a pouco tempo o Garatuja fechou no vermelho. A saída era complementar com outros recursos que conseguíamos como Programador Visual, Publicitário e até Marceneiro. Numa imagem simbólica, foi a Jeanne que, sem saber e sem esperar nada em troca, regou a frágil plantinha, no seu período mais crítico. Célio Turino é o mesmo caso. Quando, há cinco anos atrás, o Garatuja estava extremamente fragilizado e prestes a fechar suas portas (mais uma vez por falta de grana), em função de uma equivocada ação cultural realizada pela oficialidade local, foi o Célio Turino que, também sem saber, nos trouxe a esperança de dias melhores, com o mérito da efetivação do Programa Cultura Viva, o maior programa de cultura já feito no Brasil e agora modelo para o mundo.

Marina Siqueira (de Barquinho), Roberta Forte,
o Secretário de Cultura de Atibaia
 Edson Antônio Gonçalves e Gabriel Abgair.
Os Pontos de Cultura e o Programa Cultura Viva revolucionaram a forma de gerir o dinheiro destinado à cultura. Hoje os recursos públicos chegam a locais e entidades marginalizadas até então. O Garatuja, através de concorrido edital público, tornou-se Ponto de Cultura e com isso novos horizontes foram abertos. Pudemos ver que não estávamos sozinhos e nem que nosso trabalho era insignificante, como nos querem crer. De forma também simbólica, com o Ponto de Cultura, o Garatuja, já árvore crescida pode ser liberto do apertado vaso no qual estávamos confinados e ganhamos a terra, nas mãos de Célio Turino. Nossa terceira homenageada é a Mary. Amiga e companheira de todas as horas. A pessoa mais importante do Garatuja desde que viramos Instituto. Além de Presidente, a Mary se envolve se corpo e alma, nos momentos bons e ruins, como imaginamos deveriam ser os verdadeiros amigos. Na placa, que entregamos aos homenageados, somente uma frase: O Garatuja agradece pela generosidade. Na abertura, que aconteceu no palco do centro de Convenções, o público pode ver parte do resultado de dois anos de trabalho realizado com crianças da região, com idades entre 5 a 15 anos e estudantes de escolas públicas vindas de diferentes bairros. Participaram do evento aproximadamente cinqüenta crianças e jovens. Ao todo foram mais de cento e cinquenta participantes do Projeto Garatujas e Cambalhotas – Registro e Documentação da Arte na Infância. Esse projeto prevê a sistematização e difusão do trabalho desenvolvido no Garatuja a quase três décadas. No palco apresentação da Ludodança e Brinquedos Cantados com esquetes como:  Viva Brinquedo Vivo, Tutu Marambá, trechos recriados de Visível in Visível, além de exibição de animações realizadas no projeto. Tivemos também a apresentação do Coral Percussivo do Garatuja, trabalho desenvolvido por Roberta Forte na oficina de musicalização e canto coral, com preparação corporal de Élsie da Costa, além de performance com alunas e ex alunas do Garatuja no saguão de exposição. O que mais nos deixou felizes foi a presença dos representantes do Ministério da Cultura, da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo e da Prefeitura de Atibaia. É muito pertinente que pessoas com poder de atuação nas politicas culturais vejam de perto o trabalho, fora de escrivaninhas, de forma a criar novas ações que projetem as iniciativas para frente, ampliando os espaços de atuação. Para nós o Ponto de Cultura, não é somente uma iniciativa de transferência de recursos ou de saberes. Estamos comprometidos com uma proposta de maior abrangência participativa, o que nos diferencia atualmente dos cursos anteriores voltados à alunos particulares. Nosso público alvo mudou consideravelmente. Estamos mergulhados em outro tipo de comprometimento onde a arte exerce seu papel social ampliando fronteiras, além do limite de uma elite, sem que esta se desagregue do processo. O que mudou para o Garatuja ao se integrar no Programa Cultura Viva, foi a visão da atuação em rede, com as TEIAS regionais, a comunicação que nos insere no contexto de um mundo que muda dia a dia via internet. Sabemos exatamente o nosso lugar na imensidão desse País, num processo cultural que considera, que o investimento na diversidade de processos contemporâneos, para além do campo acadêmico, é que vai possibilitar a excelência das ações na cultura no país como um todo, e não só em partes das grandes metrópoles.


Integrantes, colaboradores, alunos e ex alunos do Garatuja


domingo, 23 de outubro de 2011

Um Jeca em Atibaia completa quinze anos


Continuando a garimpagem no Garatuja achei e ressuscitei  o curta metragem Um Jeca em Atibaia, de 1996. Cabem aqui algumas considerações. Até a data de sua realização não havia a facilidade dos atuais meios digitais de captação, e principalmente, de tratamento de imagens. Dava um trabalho danado fazer filme. O que havia era o vídeo VHS que exigia equipamentos sofisticados, conhecimentos técnicos e elevado custo financeiro, ficando restrito a poucos. O Super-8 ainda se mostrava uma opção viável e vivia um período de renascimento e expansão. O Jeca foi realizado nessa bitola. Foi o primeiro filme resultado de oficina feito em Atibaia, aliás, oficina de cinema  era  novidade até para muitas cidades grandes na época. Anos antes, Collor e sua desastrosa política cultural havia acabado com o cinema nacional e qualquer tentativa de revitalização na área era bem vinda, daí a grande repercussão que a oficina alcançou. A iniciativa de trazer essa oficina pra Atibaia foi minha. Desde jovem me interessava pelo Super 8 (lembro-me da minha empolgação ao assistir  filmes que passavam no programa Ação Super 8, da TV Cultura) e foi somente em 1983 que consegui a primeira filmadora. O Garatuja estava começando suas atividades e pretendia aprender a usá-la para fazer animações com as crianças. A idéia só se concretizaria treze anos depois...mas voltando ao Jeca: Em 1996 a Élsie era Coordenadora de Cultura e através da Prefeitura foi realizado o projeto História do Cinema Brasileiro, iniciativa da Secretaria de Estado da Cultura de SP. No evento, além da oficina, aconteceram exposições de fotos e cartazes, exibições de filmes e vídeos, cinema comentado, lançamentos, palestras e bate-papo com Tizuka Yamazaki, César Memolo Jr, Carlos Reichenbach e André Carneiro. André Carneiro esteve presente por ocasião da telecinagem dos filmes Solidão, A Briga e outros realizados na década de cinqüenta, e que  estavam a anos depositados no Museu Municipal em formato 16 mm. Nesse evento aconteceram as primeiras homenagens àqueles que tiveram influência no cinema em Atibaia, também por sugestão minha: Cesar Mêmolo, Andrë Carneiro, Tizuca Yamazaki, Lázaro Chiocchetti, Juvenal Alvim e Euclides Sandoval. As homenagens antecederam a peça Dona Doida interpretada por Fernanda Montenegro. Voltando ao assunto da Oficina de Cinema, para viabilizá-la dentro da programação da Prefeitura, foi necessário encontrar profissionais dispostos a enfrentar uma maratona burocrática. Através de anúncio no jornal , sobre um curso de cinema Super 8 que aconteceria em São Paulo, cheguei ao Marcos Fontana e Sérgio Concílio, fotógrafo e diretor respectivamente, e mais tarde conheci a Elza Corsi. Foram eles, através da produtora Cinema 8-16-35 que realizaram as oficinas em Atibaia. Quase cinqüenta pessoas foram selecionadas, entre as mais de duzentas inscrições. Os participantes foram divididos em diferentes áreas: atores, produtores, fotógrafos, iluminadores, etc. O roteiro surgiu quase naturalmente, pois havia a presença de João Carlos dos Reis, que era a cara do Mazzaropi. Foi um momento único, de muita efervescência cultural na cidade. Nesse clima cogitou-se a criação de um Núcleo de Cinema voltado as pequenas bitolas, muito por sugestão de pessoas que já militavam na área, e que aqui estavam, vindos de Campinas, São Paulo e Rio Grande do Sul.

O impulso maior veio de Carlos Reichenback, que apoiou a idéia e ressaltou a importância de se atuar de forma independente e com propostas novas: assim nasceu o NUCA - Núcleo de Cinema de Atibaia. De vida curta, mas bastante profícua, o NUCA chegou a realizar várias mostras de filmes Super 8 na cidade,  numa delas exibindo somente filmes selecionados no Festival de Gramado. O Festival de Gramado foi por muito tempo a maior vitrina do cinema Super-8 no país. As mostras de Atibaia passaram a acontecer também em Campinas. Até pouco tempo acontecia a Mostra de Cinema Super-8 de Campinas (tenho conhecimento até a 10 edição). A publicação de CINEMAGIA, um jornalzinho sobre cinema independente, também foi trabalho do NUCA. Fizemos ainda o vídeo Todos os Fogos, cuja única cópia se perdeu. É bom lembrar que no mesmo período aconteceu outro fato importante relacionado ao cinema local. Foi a intervenção da Prefeitura, através da insistência do Diretor de Cultura na época, Gilvan Elias Pereira, para manter a única sala de exibição da cidade, que por pouco não se transformou em mais um local de comércio comum. Lembro-me que depois de várias tentativas: da concessão a cineclubes, ao aluguel para empresas cinematográficas comerciais, a Prefeitura optou pela responsabilidade de dividir o aluguel do imóvel com a Empresa São Luis, através de licitação, que assumia assim o compromisso das exibições. Dessa forma o cinema foi reformado e o pequeno palquinho existente foi ampliado. Com isso a cidade ganhou também um espaço cênico, aproveitando o excelente projeto acústico já existente do Cine Atibaia, que passou a chamar Cine-teatro Atibaia. Nessa época Atibaia não dispunha de nenhum espaço para apresentações de teatro e dança. A qualidade dos filmes exibidos e da projeção era uma exigência de contrato, destacando a obrigatoriedade de exibição de filmes nacionais. O Departamento de Cultura tinha acesso ao espaço uma semana a cada mês, para eventos e programações por ela realizada. É bom lembrar que nesse periodo eram quase inexistentes o repasse de verba da cultura para os municípios, rarissimos os projetos encaminhados pela Secretaria de Estado ou Ministério da Cultura, e o que se contava eram com parcos recursos municipais disputados palmo a palmo com outras Secretarias. Hoje o Cine Atibaia ainda é o único espaço exibidor da cidade. Anos mais tarde esse acordo foi bastante criticado pela oficialidade local, que infelizmente não demonstrou sabedoria suficiente para fazer uma análise dentro do contexto histórico, e preferiu a superficialidade da crítica rasa, buscando somente desqualificar gestões passadas, visando interesses eleitorais (e pessoais). E já que estou pondo alguns pingos nos ís, vale a pena ressaltar que embora não conste em nenhum crédito, o Garatuja teve papel fundamental na realização dessa oficina e conseqüentemente do curta. Muito da infra-estrutura empregada em sua realização foi dada pelo Garatuja: do espaço físico ao telefone. Sem cobrar nada por isso. O Garatuja poderia perfeitamente receber, pelo menos, os créditos como realizador no filme. Abaixo o vídeo.
Márcio Zago


sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Gondwana Brasil no Garatuja

Em setembro registramos o trabalho da Banda de Rock Progressivo Gondwana Brasil. Formado pelo Antônio Celso Monteiro da Costa, mais conhecido por Nêgo, e seus filhos Guilherme e Léo, a banda faz um som da maior qualidade. Segundo eles A Gondwana Brasil oferece o melhor do Rock'n'Roll, com qualidade e características únicas. Nascida em 2003, em Atibaia/SP, a banda passou por transformações significativas, até se consolidar. As músicas selecionadas variam entre famosos clássicos do rock, baladas e canções com requintado arranjo acústico. A performance explora a riqueza e variedade de sensações que este tipo de música proporciona. O Nego, pra quem não sabe, é irmão da Élsie e tem formação em violão clássico. Maiores informações podem ser acessadas em http://www.youtube.com/user/GONDWANABR  
http://pt-br.facebook.com/gondwanabr 
http://gondwanabr.blogspot.com/
Viva a experiência do bom e velho Rock'n'Roll!



sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Premiação de Davi Veroneze no Salãozinho de Humor em Piracicaba

Criançada premiada no Salãozinho de Humor de Piracicaba

Dia 08 de outubro aconteceu a premiação do Salãozinho de Humor de Piracicaba, onde o aluno do Garatuja, Davi Veroneze, ganhou segundo lugar na categoria 11 a 14 anos com duas caricaturas. O Salão de Humor de Piracicaba é o mais importante evento do gênero realizado no Brasil e está entre os melhores do mundo. Modelo e referencia para inúmeros outros festivais, o de Piracicaba tem como diferencial sua história e a qualidade gráfica dos trabalhos selecionados. Bastante disputado (esse ano foram mais de quatro mil inscrições e somente trezentos trabalhos escolhidos), o Salão de Piracicaba tornou-se porta de entrada para quem pretende atuar na área. Lembrando que o Salão já revelou talentos como Chico Caruso, Laerte, Angeli entre outros. O Salãozinho esta na nona edição e procura abrir espaço para a participação de crianças menores de quatorze anos. Em Piracicaba é realizado junto às escolas um trabalho de capacitação de professores buscando quantificar a qualificar a participação de jovens e crianças no evento. A participação do Davi ocorreu em função do estímulo dado pelo Garatuja que procura, além de ensinar, envolver os participantes no meio artístico. Diversas vezes integrantes de nossas oficinas foram a festivais e apresentações artísticas em diferentes áreas, como recentemente no Anima Mundi.  Para essa premiação, além da família de Davi Veroneze, participaram alunos, pais de alunos, professores, convidados e membros da diretoria do Garatuja que foram prestigiar o evento. O júri de seleção e premiação foi composto por Marilu Trevisan, Amaury Ribeiro e Danilo de Angeli. Participaram da solenidade no Engenho Central, em Piracicaba, a Secretária Municipal da Ação Cultural Rosângela Camolese, o presidente do 38º Salão Internacional de Humor Adolpho Queiroz, o diretor do CEDHU( Centro Nacional de Documentação, Pesquisa e Divulgação do Humor Gráfico de Piracicaba ), Eduardo Grosso, a diretora das oficinas pedagógicas da Diretoria de Ensino Elaine Brancalion e Elaine Galani da Secretaria Municipal de Educação de Piracicaba. Para a Secretária Municipal da Ação Cultural Rosângela Camolese, o 9º Salãozinho de Humor entra para a história, pelo grande número de trabalhos recebidos e pela qualidade atestada pelos organizadores. “Recebemos para a edição desse ano 1.800 trabalhos, o que é um número bastante alto. Esperamos que esses jovens talentosos continuem produzindo trabalhos, para que no futuro, possamos ver suas obras na mostra principal do Salão de Humor, como já aconteceu com outros jovens artistas”. Segundo o diretor do CEDHU, Eduardo Grosso, há trabalhos que se destacam e já apontam para um amadurecimento artístico, o que aponta que alguns participantes têm futuro nas artes gráficas e poderão no futuro, pleitear a participação em grandes salões, como é o caso do jovem Igor Bragai, de 14 anos, que expôs muitos anos no salãozinho e em 2011 já teve um trabalho selecionado para o 38º Salão Internacional de Humor de Piracicaba. “É importante incentivarmos o surgimento de novas gerações nas artes gráficas, pois são essas gerações que irão expor trabalhos nos grandes salões no futuro”. O Instituto Garatuja agradece a Secretaria de Cultura de Atibaia, na pessoa do Diretor de Cultura Edson Antônio Gonçalves pela condução que fez o translado até Piracicaba. Maiores informações: http://salaodehumor.blogspot.com/2011/10/semac-premiou-os-vencedores-do-9.html


sábado, 24 de setembro de 2011

Garatuja realiza Mostra de Arte Infantil no Centro de Convenções

 A 6a Mostra de Arte Infantil do Garatuja apresenta resultados do projeto Garatujas e Cambalhotas: Registro e Documentação da Arte na Infância, premiado como Ponto de Cultura, através de edital público da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo em parceria com o programa Mais Cultura Ministério da Cultura. A Mostra também fará uma retrospectiva dos quase 30 anos ininterruptos de trabalho com crianças feitas pelo artista plástico Marcio Zago e pela pesquisadora em dança e culturas populares Élsie da Costa. A abertura da Mostra acontecerá no auditório do Centro de Convenções Victor Brecheret dia 30 de setembro às 19h, com a Mostra de Dança de Canto Coral para convidados.  A dança, coordenada por Élsie da Costa, inclui trabalhos das oficinas do projeto realizado com crianças de 4 a 14anos e retrospectiva de trabalhos anteriores. Da oficina de musicalização e canto coral, surgiu o Coral Percussivo do Garatuja coordenado por Roberta Forte. A Mostra, com quase quatrocentos trabalhos feito pelas crianças, ficara aberta de 3 a 22 de outubro para visitação livre e com visitas monitoradas para grupos de estudantes, previamente agendadas e acompanhados de professores que queiram desenvolver seus alunos nas artes plásticas e visuais. A exposição contará com trabalhos de diferentes áreas de atuação desenvolvidas há muitos anos pelo Garatuja como: gravura, fotografia, marcenaria, animação e outros. Haverá ainda uma parte dedicada à retrospectiva, com trabalhos das décadas de oitenta e noventa, além de peças produzidas a partir de outros projetos desenvolvidos pelo Garatuja. Uma máquina fotográfica gigante, feita de madeira, será montada no saguão do centro de Convenções, onde a criança poderá entrar em seu interior e conhecer por dentro uma máquina fotográfica. É uma experiência única em Atibaia, para que estudantes, professores de ciência e de física possam, através desse objeto, vivenciar o processo da formação da imagem presente em toda câmara escura. Na gravura estarão expostos trabalhos realizados em calcogravura, monotipia e xilogravura, essa última, impressa em papel artesanal confeccionado pelas crianças. Presentes ainda painéis coletivos e objetos construídos de madeira na oficina de marcenaria. Na abertura e durante o decorrer da exposição serão exibidos algumas animações realizadas por crianças do Garatuja. Essas exibições podem ser agendadas para as visitas monitoradas que faremos com escolas da região. Na mostra de dança as Brincadeiras Cantadas e Danças Brasileiras foram temáticas recorrentes nas oficinas do projeto. Várias delas as crianças já não conheciam mais, e serão mostradas cênicamente em Viva Brinquedo Vivo, de 2010 e 2011. A Ludodança, sistema próprio de ensino da dança desenvolvido por Élsie desde 1981, está no programa, com remontagem de propostas representativas das quase tres décadas de atuação na prática infantil de dança. Envolucros, criado em 1984 foi  apresentado como performance na 3a Mostra de Arte Infantil do mesmo ano. Um extrato de cenas, do  espetáculo Visível In Visível, criado com experimentação de várias crianças e materiais de contato, em 1990,  tem como temática o que se transforma no corpo-mente-espírito, invisível para os olhos, com inspiração nas crianças e na obra  O Olho e o Espírito, de Merleau Ponty. É ele quem diz: Pensar é ensaiar, operar, transformar, sob a única reserva de um controle experimental. Tutu Marambá foi proposto em 2001, tocando temas do sono, medos e do afeto na infância. Dona Iselda Tecedeira, criado em 2011, aborda a cultura do tecer, utilizando-se de dinâmicas das danças tradicionais brasileiras, que formam desenhos no espaço sugerindo as tramas e os trançados,  enfatizando as culturas tradicionais das diferentes maneiras de tecer, colocando como uma referêcia de “herói”, as tecelãs, como Dona Iselda Zago de Castro, que confeccionou os crochês presentes nos figurinos da dança, as rendeiras de Florianópolis e da região norte-nordeste do Brasil, as tecelãs do Vale do Ribeira, do centro e centroeste do Brasil e as bordadeiras de Richelieu, motivando as participantes a percever e valorizar a arte manual. O Coral Percussivo, surgiu das oficinas de musicalização e canto coral, cujo objetivo foi a integraçao com as atividades das oficinas de danças brasileiras e brincadeiras cantadas, somados à experiência da coordenadora da oficina Roberta Forte, que incluiu a percussão corporal, ampliando possibilidades expressivas na proposta inicial do projeto. A soma das duas experiências, de Elsie e Roberta, resultou num trabalho onde a preparação corporal para a dança e o canto e a preparação vocal para o canto e a dança, se fundiram. As crianças cantam e dançam, dançam e cantam. No repertório do Coral Percussivo do Garatuja, cantigas de domínio público e duas de autoria das coordenadoras das oficinas, O Sapo e Pé Teca. Na abertura da Mostra serão exibidos desenhos animados e animações, selecionadas para o Anima Mundi, Festival Internacional de Cinema de São Paulo e Festival de Cinema Infantil de Florianópolis. A animação A Viagem de Um Barquinho foi realização da oficina de confecção de objetos cênicos, cenários em técnicas mistas, artes gráficas e visuais que integrou a peça de mesmo nome em 2010. Após a exibição dos filmes, performances da peça abrirão o espaço de exposição. O Instituto de Arte e Cultura Garatuja, com varias premiações nacionais, segundo seu estatuto, é uma “Associação civil, de Direto Privado, de caráter artístico, cultural e sócio-ambientalista, sem fins lucrativos, situada em Atibaia. Tem como um de seus objetivos promover as artes, a cultura, estabelecendo via de acesso ao conhecimento através de cursos, seminários, palestras, oficinas, às obras de arte, publicações, apresentações, exposições, etc.”. Dedica a crianças e jovens projetos gratuitos, subsidiados por contribuições e doações, convênios estadual e federal e apoios de empresas locais e Prefeitura Municipal. Os projetos tem como público-alvo  estudantes de escolas públicas. Não é particular. Como disse o responsavel pela implantação dos Pontos de Cultura Célio Turino, enquanto uns partem do público para o privado, o Garatuja fez o inverso, saiu do privado para o público. A 6a Mostra de Arte Infantil do Garatuja acontecerá no Centro de Convenções Victor Brecheret, situado à Av. Lucas Nogueira Garcez 511, Atibaia-SP. Agendamento de visitas monitoradas pelo telefone (11) 4412-7776.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Davi Veroneze é premiado no Salãozinho de Humor de Piracicaba

É com alegria que comunicamos a premiação de Davi Veroneze no Salãozinho de Humor de Piracicaba. O juri de premiação aconteceu na última sexta-feira, dia 02 de setembro, em Piracicaba. Davi Veroneze ganhou segundo lugar na categoria caricatura, voltado a crianças entre 11 e 14 anos. O 380 Salão Internacional de Humor de Piracicaba vai até o dia 16 de outubro. São cerca de 300 trabalhos expostos entre cartuns, charges, tiras e caricaturas de artistas de diversos países. O Salão fica no Parque Engenho Central/Armazém 14 - Piracicaba SP e as visitas acontecem de terça a quinta, das 14 às 18h. Sexta, sábados, domingos e feriados, das 10 às 21 hs.
http://salaodehumor.blogspot.com/2011/09/alunos-da-rede-em-piracicaba-sao.html.
http://salaodehumor.blogspot.com/2011/09/saiu-lista-de-premiados-do-9-salaozinho.html

sábado, 20 de agosto de 2011

Davi Veroneze, aluno do Garatuja, é selecionado para o 9 Salãozinho de Humor de Piracicaba.

Davi Veroneze, com apenas 14 anos, já tem no currículo participações nos mais importantes Salões e Festivais do Brasil. Depois de ser selecionado para o Anima Mundi, a Mostra Internacional de Cinema Infantil de Florianópolis e agora a Mostra Internacional de Curtas Metragens de São Paulo, Davi acaba de ser selecionado também para participar do Salão de Humor de Piracicaba, através do Salãozinho, evento paralelo e exclusivo para crianças. Na animação Tecnologia Rural, Davi realizou praticamente todas as etapas: do roteiro a finalização em computador. Agora para participar do Salãozinho fez as duas caricaturas que seguem abaixo. Davi nunca havia feito caricaturas, mas bastou alguns estímulos para que descobrisse outro talento. No regulamento do salão a única exigência era não ser ajudado por adultos, e aí cabem alguns comentários. Num curso de artes, incentivar os participantes a descobrir suas aptidões é fundamental. Diferente de pegar na mão e conduzir o traço, o que fizemos foi levá-lo a refletir sobre o desenho, despertar um novo olhar, uma nova forma de perceber as linhas: o formato do rosto, as características expressivas de quem se quer caricaturar, além de mostrar trabalhos de qualidade feitas por artistas de talento. O resto são méritos do garoto. E olha que caricaturar não é fácil: desenhar alguém de maneira natural, de modo a torná-lo reconhecível já é difícil, imagina deformá-lo e ao mesmo tempo manter suas feições! Parabéns, Davi. Nem preciso dizer que embora essas participações sejam cobiçadas até por muitos marmanjos, sua caminhada está somente começando. Empenho, muita dedicação e humildade ajudam a suavizar as curvas do caminho e tornar os passos mais objetivos e prazerosos. Abaixo Tiririca e Marilyn Manson.







O Salão de Humor de Piracicaba é o mais antigo e disputado evento voltado ao humor gráfico realizado no Brasil e de fama mundial. A primeira edição aconteceu em 1974, em pleno período de ditadura militar, e teve a participação de Millôr Fernandes, Ziraldo, Zélio, Jaguar, Fortuna e Ciça. Com o tempo o salão tornou-se um celeiro de grandes profissionais do cartunismo e do humor brasileiros, revelando talentos como: Chico Caruso, Alci, Laerte, Angeli e tantos outros. Esse ano o salão recebeu quase quatro mil inscrições, e realiza pela nona vez o Salãozinho, evento que procura revelar e incentivar novos talentos. Maiores informações: http://salaodehumor.piracicaba.sp.gov.br/humor/

domingo, 24 de julho de 2011

Audiovisual - artes visuais


Durante a “garimpagem” nas inúmeras pastas e arquivos perdidas no espaço virtual do Garatuja, estamos relembrando fatos e acontecimentos que valem a pena ser postas a luz. Começa com um audiovisual feito às pressas para um dos inúmeros editais das quais participamos. Foi feita de forma tão rápida, que eu mesmo (que fiz), nem lembrava mais. Conta de forma bastante resumida a história do Garatuja, na área de artes visuais, até o ano de 2008.


sexta-feira, 22 de julho de 2011

Oficina Intensiva de Dança Clássica Nível Intermediário inicia em agosto no Garatuja.

O curso de formação em dança clássica nível intermediário, para adolescentes maiores de 14 anos, inclui exercícios no chão, preparatórios para a barra, barre-a-la-terre, noções de postura, movimentos de barra e centro, consciência do eixo do corpo, abertura e alongamento, seqüências de centro e na técnica em sapatilhas de ponta. Trata-se de um trabalho cuidadoso em que a anatomia é observada aluna por aluna, antes da execução dos movimentos com deslocamento no centro. As correções, para uma linha adequada dos pés e de toda a perna, em conjunto com o tronco, são minuciosamente seguidas pela educadora em dança Élsie da Costa, cuja base deste trabalho desenvolveu com Liliane Benevento, Jane Blauth e estudos com Klauss Viana de técnica própria desenvolvida para bailarinos clássicos, entre outros. O estudo da dança clássica se desenvolve, buscando a expressividade através de movimentos e seqüências próprias desta linguagem. A iniciação em pontas pode ser feita após os 12 anos dependendo do desenvolvimento e consciência corporal do participante. No Garatuja, aconteceram vários projetos com apoio estadual e federal. Em 2007 a Oficina Iniciação à Linguagem da Dança foi realizada com apoio da Secretaria de Estado da Cultura, através das Oficinas Culturais Hilda Hilst (Regional Campinas) e ASSAOC. A oficina viabilizou a criação de um Corpo de Dança, com aulas diárias e ensaios.  Em 2008 o Garatuja integrou o Corpo de Dança de Atibaia ao grupo Terrícolas e Terranteses 2, através do projeto contemplado Ponto de Cultura.  As aulas passaram a ser diárias e ter três horas de duração, incluindo aulas de dança clássica e moderna. Nesse projeto, oficinas de percussão, danças tradicionais brasileiras, teatro e ensaios fizeram do Garatuja um celeiro de criação artística gerando vários trabalhos. Cinestesias, Modinhas Imperiais, Parolas, Videodança, Lavadeiras, e a peça a Viagem de um Barquinho. A atual oficina faz parte do projeto Garatujas e Cambalhotas: Documentação e Registro da Arte na Infância, Prêmio Ponto de Cultura do Estado de São Paulo, através do Programa Mais Cultura, Pontos de Cultura e Secretaria de Estado da Cultura do Estado de São Paulo. A oficina intensiva de dança clássica, têm como finalidade atender a uma demanda existente em relação à esta linguagem, para uma faixa etária acima da prevista para o projeto inicialmente. As oficinas realizadas neste ano, com crianças de 8 a 14 anos, serviram também como forma de seleção para continuidade na nova oficina. Algumas crianças foram selecionadas por critérios fundamentais para o desenvolvimento da dança clássica como, comportamento, concentração em aula, disciplina, percepção sinestésica e ritmo (aptidão), interesse da criança e possibilidade de acompanhamento dos pais. As aulas são de 90 minutos, três vezes na semana. Segunda e quarta das 19h às 20:30h e quinta das 19:30h às 21h. O curso vai de agosto a novembro, totalizando 60 horas. Últimas vagas. Matricule-se. Atendimento das 9 às 12h e das 14 às 18h

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Mostra de Dança e canto Coral no Teatro de Bolso do Garatuja

Projeto
O projeto Garatujas e Cambalhotas foi premiado Ponto de Cultura do Estado de São Paulo através da parceria entre o Governo do Estado de São Paulo e o Programa Mais Cultura do Ministério da Cultura. Ele prevê a sistematização, documentação e registro de metodologias de trabalhos de formação artística na infância realizada pelo Garatuja desde 1983. As oficinas realizadas, assim como as mostras e apresentações, tem como principal objetivo servir de base para essa pesquisa. A mostra, agora apresentada, inclui resultado de trabalho das oficinas de ludodança, danças e brincadeiras cantadas, técnicas associadas para dança e danças brasileiras. A apresentação conta com trabalhos criados este ano e remontagens de trechos de trabalhos anteriores, como De Casa em Casa, Visível In Visivel, Da Nau Cachoeira ao Tangolomango, cuja finalidade é poder registrá-los, pois antes o Garatuja não dispunha de equipamentos adequados, o que dificultava a fruição de suas produções. Graças ao Programa Cultura Viva e o Ponto de Cultura hoje se pode contextualizar e deixar esta experiência para outras gerações. O resultado do projeto será publicado em mídias digitais para distribuição entre educadores e interessados. Os trabalhos de criação cênica, oficinas e coordenação do projeto são da criadora do método Ludodança Élsie Costa.
Canto Coral
Neste ano a novidade é a formação do Coral Percussivo do Garatuja. O grupo se formou a partir da oficina de Musicalização e Canto Coral, orientado por Roberta Forte, que disponibilizou 20 vagas para estudantes de rede pública da faixa etária dos 8 aos 14 anos.  O Coral Percussivo é uma proposta de musicalização, iniciação e aprimoramento musical, fundamentada na capacidade que temos de utilizar a voz e o corpo como instrumentos musicais. Foram desenvolvidos vários elementos e exercícios com técnicas vocais e de respiração, afinação, exploração dos sons do corpo, assim como seus timbres, alturas e intensidades, divisão e subdivisão rítmica, seqüências coordenadas, ritmos brasileiros,  independência dos sons, técnicas de improvisação livre com percussão corporal e voz, percepção dos recursos vocais utilizados na percussão corporal, criação musical espontânea e leitura de partitura musical. A conseqüência foi a formação de um repertório para esta Mostra.
O espaço
As mostras que o Garatuja realiza em seu próprio espaço têm como proposta preparar os participantes das oficinas para as primeiras apresentações públicas do trabalho desenvolvido. O fato de o espaço comportar somente 40 lugares cria um ambiente familiar, aconchegante e acolhedor, tanto ao público como aos pequenos artistas. São ações preparatórias, para que mais tarde eles possam fazer apresentações maiores com segurança. Outra função é vivenciar todo o ritual do teatro: som; Iluminação; preparação no camarim; bilheteria, etc. Os debates, que acontecem nos finais das apresentações, criam uma troca entre os pais e a crianças contribuindo para a compreensão do trabalho e a formação de público qualificado. As apresentações acontecerão nos dias 1, 2 e 3 de julho. A estréia é sexta-feira às 20h. Sábado e domingo as apresentações são às 17h e às 20h.


Oficina de musicalização com Roberta Forte

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Animações realizadas pelo Instituto Garatuja participam de importantes festivais.

É com muita alegria que divulgamos a participação de duas animações realizadas por alunos do Ponto de Cultura IAC Garatuja na Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis e no Anima Mundi 2011. As animações A Viagem de um Barquinho e Tecnologia Rural são resultados de oficinas de animação voltados a jovens e crianças que acontecem no Garatuja desde 1997. A Viagem de um Barquinho narra o nascimento de um barquinho de papel, seu percurso e seu destino, e foi realizado com a técnica do recorte, onde os jovens construíram os objetos móveis e o cenário em papel cartão. O efeito final foi obtido através da iluminação aplicada. Todo o processo foi realizado de maneira artesanal, sem nenhum efeito de computador. Os jovens que realizaram esse trabalho fizeram parte dos projeto Terrícolas e Terranteses II  e Garatujas e Cambalhotas, habilitados como Ponto de Cultura pelo Ministério da Cultura e Secretaria de Estado da Cultura de SP e passaram por extensa formação anterior. Desenho, pintura, gravura (xilogravura, gravura em metal e serigrafia), história em quadrinhos, fotografia analógica (do fotograma a revelação em laboratório), foram algumas das atividades vivenciadas por eles, ampliando os conhecimentos técnicos e a qualidade do olhar. Toda realização - do roteiro a finalização, priorizou a criação coletiva e levou aproximadamente um ano para ser concluída. Participaram do projeto: Bruno Moura Eufrásio, Caique A. Ferro, Gabriel Abcair, Gustavo Matuoka Quintanilha, Henrique Ventura Batista, James Dionisio Rosa, Jéssica Fernanda T. Campos, Luis Felipe Mauricio, Patricia Mattos de Souza, Rafael Kenji, Vanessa M. B. Chaves e Vitória Brock Fulmann.





A Viagem de um Barquinho abre Sessão de Cinema em Homenagem a Ziraldo em Florianópolis

Até o dia 10 de julho, acontece a 10ª edição da Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis. Neste ano, a organização recebeu 117 inscrições. Do total, 77 vídeos foram selecionados para a mostra competitiva, entre eles, as duas animações feitas pelo Garatuja. Essa Mostra, que começou em 2002, é pioneira no Brasil na promoção da inclusão social e da educação através do cinema. Outro objetivo importante do evento é desenvolver o cinema infantil nacional. No próximo sábado, dia 25 de junho, dentro da programação do Festival acontecerá a Sessão Homenagem a Ziraldo, com exibição de Menino Maluquinho - o filme, longa metragem de Helvécio Ratton e será aberta com A Viagem de um Barquinho. http://www.mostradecinemainfantil.com.br/programacao/. Outra animação selecionada para a Mostra é Tecnologia Rural que apresenta a saída encontrada por um fazendeiro rural, ao se deparar com um problema de comunicação.
Anima Mundi
As duas animações foram selecionadas também para o Anima Mundi 2011, o maior e mais importante festival de animação do Mundo, que acontece na segunda quinzena de julho, no Rio de Janeiro e São Paulo. No festival deste ano foram mais de 1500 inscrições, um recorde, e o Garatuja participa pela terceira vez com os dois desenhos na categoria Futuros Animadores. A realização das oficinas e direção dos filmes é de Marcio Zago, artista plástico e fundador do Instituto Garatuja.


sábado, 21 de maio de 2011

Seo Sylvio, o bom humor como legado.

Saibam que quando chegar o dia da partida
Levarei comigo o samba e o amor de vocês
É que sou irmão de samba, por parte de Adão e Eva
Onde vou carrego o samba, onde o samba vai, me leva.

(Irmãos de Samba, de Nestor de Holanda e Jorge Tavares)

Atibaia perde um musico e o Instituto Garatuja perde um grande colaborador. A vida nos ensina que são nos momentos difíceis que se conhecem os verdadeiros amigos, e Seo Sylvio nunca nos faltou nessas horas. E não foram poucas às vezes em que precisamos dele. Além de sogro, havia um laço de amizade contida no respeito e na admiração em comum, que nunca foi expressa por palavras, mas sentida no olhar. Desde que passei a freqüentar sua casa, que para mim parecia uma eterna festa (eram doze filhos, noras, netos...bisnetos), passei também a conviver com um ambiente familiar até então desconhecido por mim, onde arte e cultura era assunto cotidiano. Esse ambiente influenciou a todos e se traduziu nas aptidões artísticas de vários filhos e netos: músicos, poetas, bailarinas, fotógrafos e principalmente nos muitos pandeiristas da família. Várias vezes almocei com ele e o almoço se estendia por longas conversas sobre música popular brasileira. Bastante exigente no gosto musical, foram poucas às vezes em que discordei de sua opinião. Ele, assim como eu, adorava música antiga, e conhecia muita coisa. Difícil era sair do almoço no horário certo para trabalhar, pois sempre tinha um chorinho a mais para me mostrar. Em 2003, o Conjunto Pedra Noventa gravou um CD independente por iniciativa de seu filho Élder. Fiz a diagramação da capa e uma caricatura para o miolo do CD. A impressão foi de outro genro, o Romaro. O nome Pedra Noventa quem deu foi ele. Carioca, foi do Rio de Janeiro que trouxe essa gíria de seu tempo de criança e que, segundo ele, ressurgiu numa estampa de camiseta com a qual batizou e presenteou o conjunto. Pedra Noventa quer dizer malandro boa praça... gente boa. O nome coincidiu com o ano da formação do grupo e também com um evento realizado nesse período que levou o nome de Atibaia Noventa, além da associação com a Pedra Grande, referencia geográfica da cidade. O conjunto ficou bastante conhecido na região, num estilo muito próximo ao dos Demônios da Garoa, e acompanhou artistas importantes que passaram pela cidade como Jair Rodrigues, Noite Ilustrada e outros. Fico contente em saber que ficou esse registro em CD. Numa cidade que despreza com tanta facilidade seus artistas mais genuínos, manter uma fonte de memória é fundamental. Muitos se esqueceram, e outros desconhecem, que Seu Sylvio, antes do Pedra Noventa, foi integrante do melhor conjunto de Choro da região, o Conjunto Chorões do Paraíso. Foi uma química única, que nos anos oitenta juntou o que de melhor havia na cidade: o violão sete cordas do João da Matta, o violão de Armando Petruci ou de Ary Gallo, bandolim do Nadir, cavaquinho de Élder, surdo de João Paulo e no pandeiro Seo Sylvio. Pouco registro ficou dessa época. No ano passado filmei a última apresentação pública do Conjunto Pedra Noventa com a formação original: Ary Gallo no violão, Mala no pandeiro, Bú no cavaquinho, Joca no surdo e Seo Sylvio no chocalho. Havia ainda a participação de Paula Borges na voz. A gravação foi realizada no show de Zé Domingos. Nela nota-se Seo Sylvio já debilitado pela doença, mas o que eu não sabia era que estava registrando também uma das últimas apresentações do Ary Gallo, um dos grandes violonistas da cidade, que morreria meses depois. Ultimamente Seo Sylvio voltou-se à fotografia. Nosso assunto passou a ser aberturas, diafragmas...focos. Logo, nas primeiras conversas sobre linguagem fotográfica, percebi que um olhar estético mais apurado não era de seu interesse naquele momento. Seu olhar voltava-se ao metro quadrado que o circundava. Da varanda fazia fotos de moto em movimento, sombras que se delineavam, nuvem que se parecia qualquer coisa, transeuntes distraídos. Da sala, fotos de vasos, espelhos, janelas. Requinte técnico não era o mais importante, a sutileza estava no sentido de cada foto, na sua expressão singela. Em 2008 fizemos uma exposição dessas fotos no Garatuja. Atibaianas, as fotográficas foi o nome que ele escolheu. Passamos horas montando-as em molduras, da forma como queria. Cada foto tinha uma história, que ele repetia a cada novo admirador que surgisse. Tempos depois começou também a escrever. Assim como nas fotos, eram textos intimistas, relatos de vida sempre vividos com muito humor. Quem o conheceu mais profundamente saberá que simpatia e bom humor será seu maior legado. Causos, piada, frases de efeito, trocadilhos e o eterno assobio. Nunca mais ouvirei um assobio sem me lembrar dele. Fica de minha parte, e acredito que de toda a diretoria do Garatuja, a eterna gratidão pelo que nos fez. Que o bom humor, que tanto nos alegrou em vida, passe agora a alegrar seus caminhos, por onde quer que vá.
Márcio Zago

Abaixo áudio de Seo Sylvio cantando no Chorões do Paraíso (1986) e um vídeo da apresentação no Rio de Janeiro. O link é da apresentação dos Chorões do Paraíso no Programa Alegria do Choro, na TV Cultura -http://youtu.be/SXc-hqNsaTo e do trabalho sensível de Daniel Choma e Tati Costa sobre o Pedra 90. http://youtu.be/1FvkMUlQhYM e http://youtu.be/wq3XzwrYdw0


segunda-feira, 9 de maio de 2011

Garatuja recebe doação de livros da Funarte.

O Instituto de Arte e Cultura Garatuja, atualmente Ponto de Cultura, mantém um pequeno espaço reservado a livros, discos, gibis, fotos, vídeos e registros sonoros que são disponibilizados para consulta dos alunos e freqüentadores da entidade. O acervo é voltado principalmente a arte e a cultura popular. A grande maioria das fotos e dos registros sonoros é referentes às congadas e demais tradições locais. Parte deste material já foi reunida num kit contendo dez CDs produzidos de maneira artesanal pelo Instituto e encaminhada a bibliotecas e coleções de várias partes do país, através do projeto Universo Poético-Musical dos Congadeiros de Atibaia, realizado em 2005 e patrocinado pela Petrobras.

Recentemente recebemos a doação de diversos livros e até CDs e vídeo através do Programa Nacional de Doações das Edições Funarte. “A Funarte, ao distribuir suas edições, tem por objetivo dar acesso à população de informação e conhecimento, disponibilizando-as e tornando-as acessíveis aos cidadãos brasileiros. A produção editorial da Funarte é reconhecida nacionalmente pela excelência e qualidade e este Programa deixa a Instituição mais perto da população. É papel do setor público cumprir esta tarefa em nome de construir uma cidadania cultural.” Entre as doações destacamos: A Estética do Oprimido, de Augusto Boal, Vianinha – Teatro, Televisão, Política, organizado por Fernando Peixoto, Ankito – Minha vida...meus humores, de Denise Casais Lima Pinto, Respeitável Público...o Circo em Cena, de Ermínia Silva e Luís Alberto de Abreu, O Negro Brasileiro e o Cinema, de João Carlos Rodrigues, Angel Vianna – Sistema, método ou técnica, organizado por Suzana Saldanha, Pixinguinha – vida e obra, de Sérgio Cabral, entre outros. Anunciamos ainda o recebimento mensal de diversas publicações resultado de parceria estabelecida com o Ministério da Cultura no projeto Mais Cultura. São elas: Le Monde Diplomatique Brasil, Revista Caros Amigos, Revista Piauí, Revista Rolling Stone, Revista Fórum, Revista Viração, Revista Almanaque Brasil, Revista Brasileiros, Revista Raça, Revista Cult e o Jornal de Literatura Rascunho. O Garatuja sente-se feliz em receber este material e mais feliz ainda em poder estendê-lo ao maior número de pessoas.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Animação feita por criança

A saída encontrada por um fazendeiro rural, ao se deparar com um problema de comunicação, é o argumento do curta metragem Tecnologia Rural, de Davi Veroneze. Aluno do Garatuja, o Davi é desses garotos que traz consigo o talento nato do artista. Para ficar totalmente pronta essa animação levou quase um ano de trabalho com aproximadamente duzentas pranchas desenhadas a lápis e depois coloridas no computador. O roteiro teve a participação de Antônio Orlandelli e ilustra uma velha piada retrabalhada pelo Davi. A voz do criador de porcos é de outro aluno, o garoto Gabriel Ferreira da Cunha, de 10 anos. Essa animação, assim como A Viagem de um Barquinho, acabam de ser selecionados para a 10 Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis. Mais informações sobre o festival acesse: www.mostradecinemainfantil.com.br












A animação com crianças é desenvolvida no Garatuja desde 1997, quando era utilizado o Super-8 como suporte. Atualmente os novos recursos digitais foram incorporados às oficinas, mas sempre que possível recorremos ao velho procedimento analógico para fins didáticos. Recentemente ficou pronto o curta metragem A Viagem de um Barquinho. Essa animação utilizou a técnica do recorte e foi realizado por jovens da oficina de animação integrantes do projeto Terrícolas e Terranteses, habilitado para Ponto de Cultura. Estão ainda em fase de conclussão as animações Sonho de uma Menina, A História da Vitória Régia e Delírio, esse último será finalizado em Super-8. Acima: Davi Veroneze e Gabriel Ferreira da Cunha.



sexta-feira, 4 de março de 2011

NÃO PERCAM!!! - Curso de Pandeiro para iniciantes

Aula inaugural gratuita dia 03 de abril, domingo, às 10 horas. O Objetivo desta aula é reunir aqueles que tem interesse no curso, possibilitando um primeiro contato com este versátil instrumento percussivo. Maiores informações, detalhamento do curso e inscrições acontecerão no final da aula. Não será necessário ter o instrumento.




Essa é uma boa oportunidade para quem quer começar a tocar um dos instrumentos mais versáteis e característicos da cultura brasileira. O primeiro módulo do curso conta com o método “Pandeiro Brasileiro” de Luiz Sampaio, o mais atual e eficiente no ensino do pandeiro, que dá ênfase ao aperfeiçoamento técnico e à percepção da riqueza timbrística do instrumento. Pretende-se dar ao aluno noções básicas de leitura e consciência rítmica, para que posteriormente possa descobrir e desempenhar uma grande diversidade de ritmos além do tradicional Samba, como: Maracatu, Baião, Coco, Choro e até o Po

Vítor Zago iniciou sua formação em Atibaia, através das oficinas realizadas pelo Instituto da Arte e Cultura Garatuja, atualmente Ponto de Cultura. Desde 2003 vem perticipando de oficinas com diversos artistas e profissionais como: Celso Salgado, Daniel Neri, Dalga Larrondo, Fernando Ferrer, Dinho Nascimento, Tião Carvalho, Flávia Maia, Eugênia Nóbrega, Paulo Dias, Guelo, Marcos Suzano. Atualmente participa, como percussionista, da “Banda Sinfônica 1º Movimento” e do grupo de percussão “Tambaleio”, formado por integrantes da Unicamp. Colaborou no projeto "Universo Poético Musical dos Congadeiros de Atibaia", sistematizando o repertório de músicas da tradição oral da região. Em 2008 ministrou a oficina "Iniciação à Percussão Popular", através de edital público realizado pela Prefeitura de Atibaia. Atualmente é graduando do curso de percussão erudita pela UNICAMP.


Inscrições: IAC Garatuja, rua Esmeraldo Tarquinio, 346 - Jardim Tapajós - Atibaia. Fone (11) 4412 9964 ou 7492 3766 - garatuja.arte@ig.com.br ou musica_vitor@hotmail.com

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Instituto Garatuja abre 2011 com inscrições para oficinas de Artes e Dança

O Instituto de Arte e Cultura Garatuja esta disponibilizando, para 2011, 80 vagas para crianças com idade superior a 5 anos e matriculadas em escolas públicas, que queiram se desenvolver em áreas artísticas de dança e artes visuais. As oficinas fazem parte do projeto Garatujas e Cambalhotas: Registro e Documentação da Arte na Infância, premiado Ponto de Cultura do Estado de São Paulo, através do programa Mais Cultura do Ministério da Cultura e da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo.
 
O projeto consiste em registrar e documentar através de mostras, vídeos, fotos e textos, os processos de trabalho que acontecem nas oficinas e que são realizados há mais de duas décadas pelos artistas fundadores do Garatuja. As vagas disponíveis são para as oficinas de: técnicas mistas, marcenaria, fotografia, gravura, ludodança, danças e brinquedos cantados, danças regionais brasileiras, iniciação musical e canto coral. As crianças são matriculadas conforme a faixa etária. Em 2010, o Garatuja realizou diversas apresentações de danças brasileiras em escolas públicas, de ensino infantil e fundamental. Aconteceu ainda a Mostra Semestral de Dança e a peça infantil A Viagem de Um Barquinho que foi apresentada na cidade de Joanópolis, no Teatro de Bolso do Garatuja  e  no Centro de Convenções. Em 2011, a atenção da Mostra do projeto se volta para as Artes Plásticas, com exposição dos trabalhos do Garatuja, projeções de desenhos animados, apresentação de dança e performances, e para a produção do grupo de canto coral, que acompanha as danças e brinquedos cantados da tradição brasileira. Para a oficina de Iniciação Musical e Canto Coral são 20 vagas abertas, na faixa etária de 8 a 14 anos.














Os interessados em se inscrever devem apresentar uma declaração da escola onde estuda, comprovante de residência, e documentos dos responsáveis em cópias simples, e preencher os formulários no IAC Garatuja, das 9 às 12 e das 14 às 18 horas.  O telefone para contato é (11) 4412-9964. O Instituto de Arte e Cultura Garatuja fica na Rua Esmeraldo Tarquínio 346 D, Jardim Tapajós, em Atibaia.