terça-feira, 30 de maio de 2023

Os primeiros desenhos animados e as primeiras animações...


Em 1996 o Garatuja realizou as primeiras animações com crianças. Foram produzidas nove curtas metragens utilizando a bitola Super-8. São eles: A Poluição, Filhotes Sapecas, O Acidente da Tam, O Balão, O Castelo Misterioso, O Saci Atrapalhado, O Tarado, O Pintor e Joanito. Ainda não havia as facilidades dos meios digitais e o processo analógico era o único disponível naquele momento. Mais tarde, quando fomos habilitados Ponto de Cultura, em 2004, a entidade adquiriu equipamentos mais atualizados e o trabalho com animações se intensificou. O diálogo entre os diferentes processos, analógicos e digitais, tornou-se frequente e virou uma das características do trabalho desenvolvido pela entidade. Na época os filmes virgens de Super-8 eram comprados nos Estados Unidos, via correio. O custo da revelação estava incluído na compra. Depois “de queimado”, ou seja, registrado as imagens, o filme era enviado novamente para o laboratório que vendeu, nos EUA, utilizando o mesmo envelope original. Lá o filme era revelado e enviado de volta para o comprador (no caso, para o Brasil). Os filmes assim produzidos demoraram quatro meses entre a primeira compra e recebimento final. Em 2012 alguns destes pequenos filmes foram recuperados. O Garatuja tem muitas histórias pra contar... Em outubro ele completa 40 anos de atividades em Atibaia e para comemorar a data a entidade irá lançar o livro “Movimentos & Traçados, Ideias e Ações – 40 anos de Garatuja em Atibaia”, de Márcio Zago e Élsie da Costa. O livro faz parte do projeto GARATUJA – 40 Anos Dedicados às Artes Visuais e Cênicas na Infância e Juventude – Edital ProAC Expresso Lei Aldir Blanc 51/2021 – Prêmio por Histórico de Realização para Pontos de Cultura. #ProAC2021



domingo, 28 de maio de 2023

Seu Diogo Rabaneda Lopes...

 


Em 1987, ainda como Garatuja – Oficinas de Arte, construímos uma edícula nos fundos de um terreno no Jardim Tapajós. O bairro estava estagnado há anos devido a pendências burocráticas na aprovação do loteamento. A questão era resolvida caso a caso. Conforme um lote era regularizado, era colocado à venda, e assim o loteamento cresceu de forma muito lenta, permanecendo como uma ilha cercada por bairros relativamente providos de infraestrutura urbana por todos os lados. A edícula, construída nos fundos do terreno, tinha acabamento rústico e simples, mas abrigava perfeitamente o ateliê. Foi o início da sede do Garatuja, no mesmo local onde se encontra até hoje. O terreno era de minha irmã, que também ajudou na construção do prédio. O grande desafio era mantê-lo economicamente ativo com o trabalho que realizávamos. É aí que entram duas das pessoas mais importantes para a existência do Garatuja: Jeane Rabaneda Lopes Smid e seu pai Diogo Rabaneda Lopes. Jeane era proprietária da Escola Monteiro Lobato, um espaço educacional com abordagem construtivista, com ações pioneiras e de grande valor para a educação local. A convergência entre o trabalho desenvolvido na Escola Monteiro Lobato e o Garatuja vinha de seu antecessor, o Clubinho de Artes e Arteiros de Atibaia, do gravurista Joaquim Gimenes Salas. Após o falecimento de Gimenes, quando dei continuidade ao trabalho renomeando Garatuja, o apoio da escola não cessou. Inúmeras vezes, no início do ano, quando aguardávamos bastante desanimados, os resultados da divulgação que fazíamos pela cidade, Seu Diogo nos trazia a felicidade. Na época, a escola possuía uma kombi branca para transportar os alunos, que era dirigida por Seu Diogo. Foram inúmeras vezes que vimos a kombi estacionar em frente ao ateliê, repleta de crianças que se matriculavam no curso. Todas por indicação da Jeane. Foram ações como essas, ajudas sem qualquer pretensão, que foram fundamentais para a existência e permanência do Garatuja na cidade até hoje. Estas lembranças são marcadas pela alegria e pela risada fácil que vinha do Seu Diogo, ao longo das muitas conversas que tivemos sobre vários assuntos.  A eles, Jeane Rabaneda Lopes Smid e seu pai, Diogo Rabaneda Lopes, nossa eterna gratidão. Em outubro a entidade comemora quatro dédacas de atividades, ocasião em que será lançado o livro “Movimentos & Traçados, Ideias e Ações – 40 anos de Garatuja em Atibaia”, de Márcio Zago e Élsie da Costa. A publicação faz parte do projeto GARATUJA – 40 Anos Dedicados às Artes Visuais e Cênicas na Infância e Juventude – Edital ProAC Expresso Lei Aldir Blanc 51/2021 – Prêmio por Histórico de Realização para Pontos de Cultura. #ProAC2021




sábado, 27 de maio de 2023

Do Bélico ao Belo

Ludodança

Em 2012 o Garatuja realizou o projeto Garatujas e Cambalhotas – Registro e Documentação da Arte na Infância, Prêmio Ponto de Cultura do Estado de São Paulo. Entre as propostas está a Ludodança de Atibaia desenvolvida pela coreógrafa Élsie M. da Costa. Trata-se de uma didática sistematizada a partir do trabalho lúdico e expressivo que vem da própria criança. Um bom exemplo é o esquete “Do Bélico ao Belo” apresentado na Mostra de Dança em 2012. Através da antiga tradição do teatro de sombras é recriado uma utópica proposta de transformação do mundo da violência para o lírico, o humor, a alegria, onde a criança pode e deve ser a principal protagonista. Dentre as músicas escolhidas temos as de compositores e intérpretes atibaienses. A Ludodança nascida em Atibaia e está sendo aplicada atualmente pela própria criadora do método em aulas semanais para os interessados.

Será lançada em outubro uma publicação que traz além das referências sobre a entidade, informação sobre o histórico-cultural do município e sua influência na formação e continuidade da entidade. O livro faz parte do projeto GARATUJA – 40 Anos Dedicados às Artes Visuais e Cênicas na Infância e Juventude – Edital ProAC Expresso Lei Aldir Blanc 51/2021 – Prêmio por Histórico de Realização para Pontos de Cultura. #ProAC2021





sexta-feira, 26 de maio de 2023

Somos Ponto de Cultura!

Em 2008 o Garatuja comemorou 25 anos de atividades. A entidade saía de um dos períodos mais difíceis de sua trajetória. Pouco antes dessa comemoração o espaço estava prestes a encerrar definitivamente suas atividades. A saída veio com a habilitação do Garatuja como Ponto de Cultura. Fomos à primeira entidade da região bragantina a receber esse credenciamento, depois de concorrido edital público. Uma das pessoas mais importante desse processo, o historiador Célio Turino (criador do Ponto de Cultura) esteve conosco nesse dia como integrante do Ministério da Cultura. A partir desse encontro nos tornamos amigos (consideramos o Célio nosso patrono rsrsr). No vídeo abaixo, produzido pela TV Brasil, um pouco desse dia “histórico” para nós (eu e a Élsie) por representar a virada de rumo da entidade. Virada que nos permitiu, quinze anos depois, festejar mais uma vez sua existência que, modestamente, já faz parte do histórico cultural do município. Esta e outras histórias estão detalhadas no livro “Movimentos & Traçados, Ideias e Ações – 40 anos de Garatuja em Atibaia”, de Márcio Zago e Élsie da Costa. O livro faz parte do projeto GARATUJA – 40 Anos Dedicados às Artes Visuais e Cênicas na Infância e Juventude – Edital ProAC Expresso Lei Aldir Blanc 51/2021 – Prêmio por Histórico de Realização para Pontos de Cultura. A publicação será lançada em outubro durante as comemorações das quatro décadas da entidade. #ProAC2021







terça-feira, 23 de maio de 2023

Em outubro o Garatuja completa 40 anos de atividades em Atibaia

O atelier de 1987 - a primeira construção do Garatuja construído
 no mesmo local onde se encontra até hoje...


Em 1983, o Clubinho de Artes e Arteiros de Atibaia, do gravurista Joaquim Gimenes Salas, virou Garatuja – Artes Plásticas para Crianças. Era o início de uma longa caminhada dedicada ao ensino e a promoção de atividades artísticas em Atibaia. Ao assumir o Clubinho e renomear Garatuja, o artista plástico Márcio Zago diversifica as atividades disponíveis ao ensino das artes plásticas para crianças introduzindo outras linguagens como animação/desenho animado, a história em quadrinhos, a marcenaria como meio expressivo e outros. A dançarina e pesquisadora Élsie M. da Costa, também fundadora do Garatuja, traz ao espaço as atividades ligadas às artes cênicas como a dança, o teatro e a música, além da pesquisa e fomento a cultura popular.  Foram ações pioneiras, que marcaram a vida de três gerações de jovens e crianças que passaram pelas oficinas da entidade. Mais tarde ampliou-se a faixa etária de atendimento e suas realizações com o acréscimo físico do espaço no ano 1999, principalmente com a criação do Teatro de Bolso do Garatuja. Para comemorar a data a entidade irá lançar o livro Movimentos & Traçados, Ideias e Ações – 40 anos de Garatuja em Atibaia, de Márcio Zago e Élsie da Costa. A publicação traz, além das referências sobre a entidade, informação sobre o histórico-cultural do município e sua influência na formação e continuidade da entidade. Traz ainda um histórico sobre a politica cultural do município e um capítulo dedicado às ações de memória desenvolvidas pela entidade. O livro faz parte do projeto GARATUJA – 40 Anos Dedicados às Artes Visuais e Cênicas na Infância e Juventude – Edital ProAC Expresso Lei Aldir Blanc 51/2021 – Prêmio por Histórico de Realização para Pontos de Cultura.  Este projeto possibilitou uma ampla pesquisa sobre a cultura no município e a organização do acervo da entidade que será regularmente postada nos meios digitais. #ProAC2021